domingo, 30 de abril de 2017

ABUTRES, HIENAS E BESTIALIZADOS.Que difícil completar a nossa cidadania!

           Estamos vivendo a maior crise moral dos últimos anos uma crise sem precedentes e com previsões obscuras para terminar quando olhamos para o olho do furacão da educação brasileira ondes os ventos fortíssimos  e espirais  contém rodeando o descaso, a falta de investimento, o descaso e a pauperização do professor e assim como a falta de respeito da maioria dos governos e de uma esmagadora parcela de alunos e responsáveis. Está ai elementos suficiente para acreditar que há muito combustível e lenha para intensificar e dar cada vez mais vida a essa crise que tanto faz mal a grande parcela da sociedade. Notem que não a relaciono com aquela parte da população 1 % que vivem com toda a mordomia garantida pelos privilégios que esta crise moral lhe confere. Acrescendo de bens,crescendo o seu patrimônio, em detrimento de milhares de brasileiros sem que isso tenha um fundamento justificável, como por exemplo através do trabalho e a produção de riqueza.
      Vivemos hoje num país mergulhado num golpe cretino e planejado por diversas quadrilhas fantasiadas de empresas sérias, sim quadrilhas que possuem seus bandos, intelectualizados ou representados em várias instituições do Estado onde se aparelham e ditam os interesses de fornecedores, grandes empresas realizando o grande saque dos recursos do “nosso” Estado, ou que deveria ser, realizando o locupletamento dessa quadrilha tosca, ambiciosa e, sobretudo, que ignoram a vida humana em prol dos seus interesses. Verdadeiras feras que em conjunto de sua alcateia se banqueteiam vorazmente sem piedade ou remorso. O que vale é sempre lucrar! Os seus interesses são contemplados, ou se preferirem facilitados, através de grande parte da mídia que também lucra e se consolida através de da troca de favores e concessões e até mesmo com renda através de publicidades encomendadas. Então, a mídia usurpadora e golpista cria a conformação do povo brasileiro e a bestialização de grande parcela da nossa sociedade que conforme sentenciou Malcom X “ os fazem amar seus opressores e odiar seus verdadeiros heróis”. Por sorte ou quem sabe por atuação dos deuses alguns jornalistas e artistas que não se venderam ao oligopólio, mantidos  firmes em sua ética, denunciam essas quadrilhas de hienas (perdão as hienas).
       A cada dois anos são realizados as eleições na verdade verdadeiras orgias eleitorais no qual grande parcela de pseudopolíticos formam verdadeiros conluios cujo único objetivo é a promoção do saque aos cargos públicos, realizam verdadeiras “surubas eleitorais” elaborando planejamentos e alianças sempre suspeitas e atuam nas eleições do cabresto moderno como se fossem verdadeiras hienas que se organizam e promovem ataques em conjunto as suas presas e na política infelizmente essas presas serão sempre os cargos públicos. A cada eleição a “suruba eleitoral “se realiza e consolida os seus projetos de poder pessoal ,com direito ao nepotismo, incluindo o eleitoral colocando a sua família na boquinha, aos desmandos e a compra de votos de grande parcela de flagelados brasileiros vítimas dessa ganância institucionalizada onde seus anseios e demandas são explorados por esses garimpeiros ambiciosos de votos, tornando-se aos olhares inescrupulosos verdadeiros currais eleitorais onde exercem seu clientelismo e o aproveitamento da vida miserável criada por anos descaso  tornando-se assim  fontes inesgotáveis de mandatos vitalícios e com aparatos legais e até mesmo proteção de juízes do alto escalão do judiciário.
Como já sabemos a corrupção é viral e cultural, em suas raízes tem um nome popular “o jeitinho brasileiro” que são verdadeiras astúcias de sobrevivência que distraem da ética mal formada e praticada e se torna um valor sem qualquer questionamento ou condenação. É normal parar na vaga do idoso, por crianças em várias filas para garantir um lugar melhor nas filas quilométricas dentro dos supermercados, responsáveis que pagam atestados médicos para justificar as faltas “físicas e de compromissos” de seus filhos e também dos médicos que os atestam sem fazer qualquer questionamento plausível ou mesmo, por médicos que atendem nas clinicas particulares, mas deveriam estar realizando plantões nos hospitais públicos. Uma mão lava a outra!
    De qual maneira iremos acordar os habitantes do território cuja nação está adormecida em berço paupérrimo, sem luxo, sem o direito de descansar? Como seguir adiante se aceitamos a miséria da maioria do povo brasileiro e o pior sem estranhá-la? Nós brasileiros sem Estado aceitamos pagar altos salários para uma classe privilegiada presente nos altos escalões dos serviços públicos como por exemplo o nosso judiciário que é o mais caro do mundo onde recentemente fizeram uma manobra “legal” que permitem a eles receberem mais do que a constituição determina 34.000 Reais, agora não, o saque  dos piratas não é mais pirata. Agora são os corsários do judiciário brasileiro. Não há mais crime porque seus saques são legais e endossado pelas autoridades legitima. Por falar nos “corsários brasileiros” que saqueiam a legalmente a mando dos seus reis, o que dizer sobre os bancos que cobram as cargas de juros mais altas do mundo? O que falar sobre esse banditismo e lacaios assegurados pelas leis brasileiras, que garantem o endividamento e empobrecimento da sua sociedade, a própria sociedade base da pirâmide social brasileira, que sustentam tantos privilégios. Quem garante a cobrança desses juros surreais? Qual seria a diferença entre o banditismo urbano a estes homens que nada produzem e sobrevivem da usura legal e ainda obtém o perdão de suas dívidas?
     Há tanta maldade na carga tributária realizada em nosso país, uma maldade sem fim, pautada pela covardia de uma pequena parcela da população que se mantém desse roubo fiscal e oficial. O que fazem com essa grana arrecadada em diversas fontes de receitas municipais, estaduais e federais? Não há dúvidas que elas se destinam para pagar inúmeras pensões desses cínicos usurpadores que funcionam como verdadeiros sanguessugas /parasitas das nossas contribuições e riquezas produzidas que são transformadas em diversas gratificações, salários altíssimos, mordomias, segurança, habitação e pensões. Vale destacar e incluir as forças armadas brasileiras que reforçam o rombo previdenciário em quase 70 bilhões ( dados são sempre alterados) mas por terem o monopólio da repressão e armas pagas por nós contribuintes, não serão lógico atingidos pela quadrilha usurpadora e garantidoras dos privilégios daquela parcela nobilita , fundiária e escravagista brasileira.
     Uma nação que se cala diante disso e não enxerga por conta do seu analfabetismo politico o prejuízo que essas pensões, juros altos, altos salários e alto preço pago pelas atividades parlamentares desse país está literalmente condenada a viver sobre a tutela do clientelismo histórico que sobrevive exclusivamente da miséria ou pauperização do povo brasileiro. Lembre-se sempre da crise do Rio de janeiro, servidores de serviços essenciais para a população estão sem seus salários por causa da fanfarra de inúmeros políticos inescrupulosos e sem alma caridosa. Esses servidores não recebem, entretanto, o belo salário do seu deputado estadual cai direitinho em sua conta , assim como seus correligionários, e a propósito não esqueçamos a grana que a Câmara dos Vereadores pagam certinho para seus Vereadores, incluindo o seu auxilio paletó, que são dois por ano que além de invariadas mordomias recebem também 1000 litros de gasolina dos impostos de vários contribuintes mostrando o claro desrespeito à população carente do seu estado ou município. E nesse aspecto, ser direita, centro ou esquerda, Hum.....é uma bela boquinha. Portanto, pense duas vezes antes de lançar bombas ou dormir fora de casa prestigiando esses verdadeiros abutres dos nossos impostos e paz.........E acabam impedindo a construção da nossa cidadania, hoje bastante incompleta.
                                                                                                                  Marcos Paulo Campos da Costa.
   


domingo, 26 de março de 2017

Quais são os benefícios sociais da educação quando existem recursos bem administrados e a coexistência de regras para utilização desses recursos?

 A educação brasileira passa por uma crise profunda, mas, ao mesmo tempo existe uma riqueza de propostas pedagógicas para aprimorar diferentes estratégias de aprendizagem comparado aos anos 70 ,80 e 90 percebemos avanços de tecnologias e propostas presentes nos livros didáticos, com muita riqueza de dados e aproximação de pesquisas acadêmicas recentes. Os novos livros didáticos são ricos em informações, imagens e exercícios e a internet, algo impensável para chegar ao publico comum no passado, oferece uma gama de ferramentas de pesquisas e acesso a diferentes modelos de aulas, assuntos e, sobretudo, atualidades.
 Mas o que está acontecendo então? Temos tantos professores afetuosos, abertos e qualificados para imprimir novos conceitos de aula e metodologias diferentes para oferecer ao aluno oportunidades para o crescimento do seu rendimento escolar. Outro dado importante situa nos investimentos, recentemente foi decretado investimentos de 10 % do PIB nacional, traçando como meta 10 anos, numa clara intenção de melhorar o sistema educacional brasileiro em 1997, por exemplo, conforme indica o portal do Ministério da Educação e Cultura o país gastou quase 45 bilhões de Reais em investimentos na educação EQUIVALENTE A 5,13 % DO NOSSO PIB. O problema é mesmo pouco dinheiro? Quanto de dinheiro público já é destinado para essas áreas tão importantes? A título de ilustração, o gasto público em educação nos Estados Unidos no mesmo período foi de 4,9% do PIB e o da Alemanha, de 4,7%:

 O gasto público com educação realizado pelas três esferas de governo no País, no ano de 1997, foi de R$ 44,4 bilhões, o que correspondeu a 5,13% do PIB1 . A esfera estadual participou com 44,8% do gasto total2 ; a municipal com 27,2 % e a federal com 28,0% (Biasotto et allii, 1999).”
Fonte:portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/consideracoes.pdf
É verificável um conjunto de fatores que são obstáculos à educação que estão intimamente ligadas a política, economia, e a moral. Na primeira, a existência de uma política no qual percebe na atuação política o sucateamento do Estado e a consequente má administração dos recursos destinados a educação, onde retiram investimentos vitais que poderiam ser usados na promoção, qualificação, valorização salarial dos professores e a implantação de itens básicos na infraestrutura escolar banheiros e ampla disponibilidade de pontos de aguas com bebedouros, salas confortáveis e climatizadas, bibliotecas, salas para recursos audiovisuais. Os recursos e a infraestrutura adequadas são imprescindíveis para que professores executem seu trabalho com qualidade e educandos se concentrem e se dediquem aos estudos.  É notável a despreocupação política sobre esses itens importantíssimos, ausência clara da vontade política, que apenas utilizam belos discursos em suas campanhas políticas, que ignoram o fato de que os espaços de apoio didáticos são fundamentais para um bom desempenho escolar. É sabido que as diversas escolas espalhadas por todo o país e estão caindo aos pedaços e sem infraestrutura mínima para receber os alunos de diferentes idades que tem o direito de aprender. Onde está o dinheiro público?

Apenas 0,6% das escolas brasileiras têm infraestrutura próxima da ideal para o ensino, isto é, têm biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva, laboratório de ciências e dependências adequadas para atender a estudante... ”
 Se na política a falta da vontade política impera sobre a educação a economia também sangra o setor através de três vertentes, além da má administração do dinheiro público destinado, citados no paragrafo acima, na primeira vertente consideramos os resultados da macro política, caracterizada por sucessivos maus resultados e ciclos de crise econômicas presentes na economia brasileira sempre acompanhadas também por escândalos de corrupção, epidêmica e enraizada na cultura brasileira.
Será tão difícil entender que a "privatização" é unicamente oportunidade de negócios e não de aprimoramento da prestação de serviços públicos Será que a lição dos transportes públicos como concessões de transporte coletivo e ferroviário, assim como a telefonia não serve de exemplo? E quem está falando em estatização da economia? Ah, você é contra a empresa pública do Estado, mas é a favor da empresa privada mamar nas tetas do Estado... Entendi. E como compreendi o discurso de quem defende o Estado Mínimo, impõe dizer que você não está preocupado com a qualidade do serviço prestado, mas em defender uma postura ideológica liberal ou neoliberal, conforme o gosto.
“Apesar do investimento público total ser alto, proporcionalmente, em relação aos outros países, o gasto brasileiro anual por aluno da educação básica ainda é baixo, na comparação. O Brasil gastou cerca de 3.000 dólares anuais por aluno da educação básica, enquanto, em média, os países da OCDE investem cerca de 8.200 dólares por aluno dos anos iniciais, 9.600 por aluno dos anos finais e 9.800 por aluno do ensino médio.”
Fonte:http://g1.globo.com/educacao/noticia/2015/11/brasil-investe-mais-em-educacao-diz-ocde-mas- abandono-ainda-e-alto.html

Há várias facetas do mau uso conceitual sobre os investimentos no setor a primeira está intimamente ligada a cobrança de indicadores associados a evasão escolar, ao meu entendimento um erro grotesco porque apenas tratam a evasão escolar como medição de números que mais tarde servirão de estatísticas e discursos politizados “ a frequência melhorou e estamos oferecendo como a lei manda o acesso escolar”, ou seja, a maioria desses jovens são apenas números, nada mais. Não há qualquer preocupação com a qualidade do serviço prestado e para complicar a vida dos professores, uma serie de regras que praticamente obrigam a presença desse aluno-número cuja importância é apenas fazer parte futuramente de algum índice presente em gráficos. É lógico que tudo é apresentado de forma positiva. A abertura de salas também está associada ao número de matriculados e tal fato, espreme a situação do professor porque sem salas haverá diminuição do seu salário.
 Um elemento de vital importância para os resultados negativos do desempenho de inúmeras escolas está fundamentada na má interpretação do ECA, que em sua busca em garantir a dignidade da pessoa humana no âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente acaba também contribuindo para a má formação de vários jovens cujos pais se apegam apenas no que tocam aos direitos. O responsável aciona o ECA e esbraveja “MEU FILHO TEM DIREITO” sem reconhecer ou mesmo valorizar que dentro de uma escola há regras a serem respeitadas, há outras pessoas que possui sonhos. Fato agravado com a péssima ideia de atrelar a bolsa família com a frequência escolar. Sabemos que os índice relacionados à frequência escolar melhorou muito com a associação ao Bolsa Família, entretanto, tal atitude não veio acompanhado de uma exigência pela qualidade do uso do espaço escolar público. Eu sempre defendi a ideia de que a escola pública é um espaço de interesse e uso coletivo, aberto a todos, mas, de interesse privado, portanto, deveria ser cobradas ações dos responsáveis sobre a conduta dos seus filhos dentro dos espaços escolares, incluindo a possibilidade de corte do beneficio em caso de indisciplina escolar contínua.
Muitas escolas particulares tornam- se reféns dos pais que “pagam’ mensalidades já que muitos acreditam que o seu investimento está literalmente associado a possibilidade irredutível do seu filho obter por aprovação, sem contestações, quase que automática das séries que eles cursam. Apesar de não ser todas as escolas, HÁ EXCEÇÕES, muitas escolas  vulneráveis as sucessivas crises econômicas deixando-as  reféns das mensalidades pagam por seus pais. Compreendo que há coexistência de dois problemas que contribuem para o mau resultado escolar tanto em índices gerais, números da nação, como no aspecto individual logo, é necessário refletir os problemas presentes educação brasileira causada pela má política e má gestão do erário público por partes daqueles que nos governam associados sempre à crise de valores atingem patamares absurdos já que muitos pais não conseguem, e muitos negligenciam, educar com consistência os seus filhos, onde muitas vezes “acham bonito ser feio” em alusão ao comportamental.
E para ser sincero o bastante temos que criar em caráter emergencial uma secretaria específica que deliberem/reflitam/observem/discutem e propõem leis especificas e em especial trabalhando em conjunto com o Ministério da Justiça tendo em vista, cobrar em forma estatutos uniformizações de comportamentos em sala de aula. O objetivo seria elabora leis que funcionariam como regras de convívio escolar.
22/08/2016 13h32 - Atualizado em 22/08/2016 13h32
'Estou com medo', diz professora agredida em escola de Porto Alegre
Educadora sofreu fraturas após ter sido agredidapela irmã de um aluno.
Professora prefere não ser identificada por medo de novas agressões.
http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2016/08/estou-com-medo-diz-professora-agredida-em-escola-de-porto-alegre.html
Em sala de professores é comum discutirmos ou mesmo “chorar pitangas” sobre acontecimentos cotidianos em sala de aulas ou mesmo troca de experiências e aprendizados e numa dessa conversas sobre os rumos dos jovens conversei com o professor de Física e matemática, com formação em humanas (Relações Sociais)Wagner  , que também é policial, vasta experiência em sala de aula ultrapassando 30 anos de magistério  percebe o quanto dos comportamentos indolentes são apresentados em outras facetas criminosas, mas que são tão comuns cotidianamente em diversas salas de aula e todas elas começam no desrespeito aos professores que na verdade nada mais é do que a reprogramação de um comportamento que vem desde  seu lar formador, a família. Ao aprofundar as conversas o experiente professor me apresenta um estudo realizado há anos por uma faculdade de São Paulo:
  “ Notadamente existem dois modelos de escola que deram certo no mundo: uma, a finlandesa e norueguesa valoriza a participação dos pais no qual as famílias participaram ativamente do dia dia da escola cujo valores disciplinares são valorizados e compartilhados dentro das famílias no qual  trazer seus filhos alfabetizados e sabendo as operações básicas da matemática são reflexos da sua própria cultura. E a outra , concentra-se nos valores disciplinares que parte da do principio que a disciplina e a concentração são cobranças vindas da própria família, onde os resultados são cobrados mesmo que exista as famosas palmadas realizadas pelos seus pais: a disciplina, atenção e respeito ao professor são os valores máximos presentes na educação coreana”
 E no Brasil? Sem qualquer direção. É o país onde se pode tudo e se quer tudo, sem qualquer devolutiva e respeito ao próximo e ao uso dos espaços públicos sejam eles direcionados a educação ou ao lazer, basta perceber as inúmeras praças publicas e escolas destruídas pelo vandalismo juvenil. Muitas crianças fazem barulhos dentro de cinemas em plena sessão sem qualquer intervenção dos seus responsáveis, muitos pais adulteram atestados médicos para permitir, sem pagar pelo segundo exame, que seu filho realize a prova sem pagar. Tal fato é gravíssimo porque incentiva o seu filho a não encarar a vida assumindo responsabilidades e autonomia e ao mesmo tempo delibera na vida deles o famoso “jeitinho brasileiro”.
http://reflexoescotidianoreal.blogspot.com.br/2012/02/desonestidade-em-nossos-sentimentos.html
E como a escola deve-se posicionar diante da crescente incorporação de crianças e jovens nos sistemas educacionais públicos? Faz necessário então que nesse contexto as reflexões sobre a melhoria de qualidade da educação assim como a sua melhoria devem estar pautadas sobre reformas educacionais que envolvam aspectos pedagógicos quanto organizacionais dos sistemas de ensino e dentro dessas reflexões há uma necessidade latente em se definir as regras dom uso do espaço público onde fiquem claramente definidas as responsabilidades de uso tanto dos pais, alunos, professores, administradores e gestores de todas as unidades escolares desse país e, sobretudo, que haja uma centralização das regras de convívio e uso do espaço público, UNIDADE ESCOLAR DE ENSINO, estendo também as escolas particulares.
 É necessária, de forma urgente, a redefinição de cidadania em nosso país no qual se valorize também respeito aos deveres porque é necessário compreender todos os direitos que possuímos como cidadão, entretanto, tem que devolver os direitos recebidos através da manifestação do respeito, DEVERES. Um país que tem o lema “ORDEM E PROGRESSO’ não poderia de forma alguma aceitar a desordem na sala de aula e, sobretudo, reconhecer que sem disciplina dentro do sistema educacional brasileiro não haverá progresso algum sem a percepção, e aceitação, do conjunto de direitos e deveres debatidos e inclusos em nossos contratos sociais.

A formação começa em casa: QUEM AMA EDUCA!


  Não há dúvidas de que a indisciplinar escolar está associada à criação que milhares de jovens estão recebendo, uma educação caracterizada pela negligência, pelo abandono e pela instabilidade presente nos lares que vivem, em especial nas grandes periferias, não quer dizer lógico que o mesmo fator não ocorra na classe média ( por lá as coisas são camufladas). O que percebemos é um excessivo zelo promovido por diversos responsáveis que procuram compensar a vida difícil com mimos ou invariadas compensações materiais, entretanto, com pouco enfoque sobre regras de convívio social e respeito às normas básicas de convívio.

   Ao que parece o tempo em que os pais se preocupavam coma formação moral de seus filhos está desaparecendo, até mesmo a vergonha pela negligência e abandono da responsabilidade de criar um filho que era notável em décadas passadas parece inexistir. Outro traço perfeitamente verificável nos ditos “pais modernos” é a ausência de um comportamento pautado por valores morais, em especial os mais jovens, contribuindo assim para uma formação instável, pobre de valores e, sobretudo, totalmente marcada pela negligência. É visível para muitos professores, no país inteiro, um fenômeno social que se apresenta em diversos comportamentos inadequados e são também comportamentos idênticos aos seus pais, ou seja, reproduzem a falta de educação, preparo e equilíbrio dos seus próprios pais. É um reflexo direto da instabilidade de seus lares muitas vezes doentios. Um lar doente produz um ser doente!

    Recentemente internautas se comoveram ao ver as cenas repugnantes de uma mãe que agredia a vice- diretora de uma escola pública em Campinas e o motivo era: “NÃO QUERO QUE ABORREÇAM MEU FILHO, POIS ELE É SANTO E NÃO FAZ NADA QUE DESAGRADE EM SALA DE AULA.”.
    O que muitos pais não compreendem é que os maus vícios precisam ser identificados e cortados logo nos primeiros anos de vida. Quantos e quantos professores já testemunharam vários pais “acharem graça dos comportamentos inadequados de seus filhos” em especial os pequeninos falarem palavrões e também muitos até postam nas redes sociais como se fosse um lindo espetáculo. Promover graça daquilo que é desagradável e feio. Na verdade muitos agem sem a consciência da importância da necessidade de corrigir erros comportamentais logo desde pequenos, ou seja, “aparar as asas” como os antigos acreditavam ser o correto. O que temiam os pais das décadas passadas? Temiam ser reprimidos pela sociedade caso criassem monstro que cresceu e causa tanto trabalho. Eram adeptos da ideia de que “não é bonito achar feio” e o feio para eles se referia aos comportamentos errantes e pequenas transgressões do valor que cada família possuía.
  Em minha experiência vivenciada em diversas escolas possuo dois exemplos notáveis: a primeira trata-se de um aluno do oitavo ano que por não aceitar os limites impostos pelo professor, talvez o único adulto na vida deles que tenha feito isso, solicitando que o educando respeitasse o desenvolvimento das atividades da aula. Cansado e irritado, e de posse de uma arrogância colossal e falta de humildade “xingou” o professor  com tantos palavrões. A surpresa foi o comportamento do seu pai que exigia provas do ato que o seu filho realizou e menos preocupado com as ações tomadas por seu filho. Disse ele que não acreditava 100% no professor, que o seu filho era integro e não fazia nada daquelas coisas. Na época a direção, não apoiava uma disciplina rígida e o ato acabou ficando em branco, apenas passou por uma advertência verbal, e no dia seguinte lá estava o jovem impune e pronto para transgredir novamente. Passado exatos 5 anos, o jovem ainda cursava o segundo ano e foi preso por assalto a mão armada ( na verdade uma arma de brinquedo) e o talentoso pai conhecedor do seu filho ainda sim dizia que era injusto a sua prisão, pois, para ele a arma não passava de um brinquedo. E perdeu uma ótima oportunidade de enxergar ali o problema do seu filho que pode estar indo ladeira abaixo. Passar a mão na cabeça só cria coitadinhos furiosos que acham que sempre têm razão. Educar dói, mas é necessário.

   Um segundo exemplo tratava-se de um brigão que por sempre se passava mãos sobre sua cabeça: os pais o achavam maravilhoso, a direção sempre que podia procurava “culpabilizar” as ações dos professores cobrando ações quase que impossíveis mesmo diante das variadas advertências registradas por diversos professores de  diversas disciplinas, nada significava ou indicava para os gestores e pais que era necessário refletir sobre tais ações, pois, perderam a oportunidade de analisar aquela matéria-prima social , em forma de comportamento, e discuti-la com o corpo docente e os seus responsáveis, NADA FOI FEITO. O tempo foi passando e o educando sem qualquer critério superava os anos letivos com a sua nota cinco, mas nada produzia, o seu rendimento escolar era horrível e abaixo daquilo que chamamos mediano, não escrevia, não possuía recursos vocabulares, pouca capacidade de analise e síntese POR MAIS QUE PROFESSORES SÉRIOS ALERTASSEM nada fora feito e quando chegou próximo dos 17 anos concluía seu Ensino Médio apenas falando palavrões e com onomatopeias vulgares e gírias malandreadas, onde somente o seu grupo de amigos, círculos das “feras sociais” que deixavam de se tornar humanos críticos saudáveis, conheciam.

    Destemido e com seus 5 sentidos gerenciados e dominados por seus instintos, nunca pela racionalidade, afinal lhe fora roubado com tanta animosidade dos seus familiares e péssimos profissionais que acompanharam  ao longo do seu trajeto social a sua formação escolar, acabou se envolvendo com torcida organizada, o último passo para sua destruição. Brigão e aventureiro partiu por acreditar numa vida onde não lhe exigia normas, passou a frequentar delegacias e carros de polícia por causa de diversas brigas e pequenos furtos, resultado da sua histórica facilidade para transgressões que marcaram a sua formação como ser. Os seus “inimigos” tinham o seu mesmo valor e também só ouviam seus instintos, como ele transgrediram os reais valores que as torcidas ensinam (amar seu clube de coração e realizar festas apaixonadas). Numa dessas andanças, um trágico final, onde uma bala intencionada por aquele que atirava carimbou o fim da sua vida. A mãe chorava e questionava, em pleno desespero, por que fizeram aquilo? Procurava encontrar motivos, mas nenhuma explicação confrontava com a sua atuação na formação daquele individuo. O excesso de permissividade, mimos e a não aceitação daquilo que seu filho se transformara. Um homem jovem sem sonhos, sem ética e sem amor próprio.
 O que falta aos atuais pais é falar a verdade mesmo que doa em nossa alma. Ensinar aos seus filhos que a frustração faz parte da vida e que devemos nos tornar forte com elas e superá-las com ações e esforços. Não omita jamais ao seu filho sobre a sua situação social, pois, isso será menos doloroso do que vê-lo infeliz numa cadeia ou sem vida dentro de um caixão ou mesmo, aprisionado pelo mundo das drogas. Muitas vezes as drogas oferecem abrigo e proteção a quem está doente da alma e sozinho sem valores.


quinta-feira, 23 de março de 2017

Educação Pública - Máquina destruidora de sonhos



No ano de 2016, investimos cerca de 5% do PIB em educação, mas porque esse investimento não traz nenhum retorno. Conseguimos colocar 98 % das crianças nas escolas, mas quanto mais frequentam a escola, parece que menos sabem.
Na verdade, não é quantidade que deveria contar e sim, a qualidade, qual o tipo de ensino essas crianças recebem hoje.... Nenhum. Nos preocupamos em coloca-las na escola, mas não nos preocupamos com o que estão aprendendo de fato, o que estamos concedendo a elas. Na verdade, estamos tirando delas, tirando um direito garantido pela nossa Constituição, que é uma educação de qualidade e não de quantidade.
Aprendem os seus diretos, mas não aprendem que tem deveres a cumprir, deveres que cabem unicamente a elas, deveres que deveriam ser ensinados pelas famílias, mas que infelizmente não tem tempo para garantir o aprendizado delas, existe tempo apenas para garantir que o bolsa família não deixará de cair na conta, afinal quem se importa se elas sabem ler ou escrever direito, ou se sabem fazer uma simples conta matemática. Não preparamos nossas crianças para coisa alguma. Pois, na escola ensinamos que todos são iguais, incluímos, mas ao mesmo tempo excluímos, pois não fornecemos condições para que a inclusão ocorra de fato. Temos a educação da permissividade, mas não queremos indisciplina, enfatizamos  que todos tem os mesmos direitos, mas onde ficam os deveres, o respeito, ordem e disciplina...
Não ficam, são completamente desconhecidos por elas, simplesmente porque as ensinamos que não tem problema se não fizer a tarefa, não tem problema, se estudar, no final das contas você será promovida. Fingimos não viver em uma sociedade meritocrata, mas quando saem da escola descobrem que o mundo lá fora, não é como lhes ensinaram. Descobrem que não sabem nada, que passaram anos sendo enganadas, pois não conseguirão alcançar seus sonhos, sem seus próprios méritos...
E para onde vão esses sonhos, se desfazem como areia na palma da mão, com uma política educacional, liberal e falida que não  educa, mas sim deseduca, que não ensina a ter responsabilidade, que transforma sonhos em pesadelos, pois é muito frustrante ver seu direito  de aprender, sendo  tolhido porque a pratica educacional, não  te incentiva em  nada, não ensina a ser um cidadão com senso crítico, consciente e detentor do conhecimento que liberta e que transforma vidas ,e dá o direito de sonhar... e alcançar seu  sonho.
 Já passou da hora, de parar de fingir que nos preocupamos com educação, e realmente dar educação, já passou o tempo de dizer que todos recebem uma educação de qualidade, pois sabemos muito bem que isso não é real, se fosse e se acreditássemos nisso, não precisaríamos das cotas, pois todos conseguiriam de batalhar por uma vaga de igual forma. Precisamos assumir que as universidades públicas não são para os mais humildes, pois sabemos que eles não tem a menor chance, em um vestibular com a educação que recebem.
Está na hora de acordar dessa utopia que é a educação no Brasil, e assumir de verdade, que não oferecemos uma educação de qualidade, que não somos um país de todos, que não somos uma pátria educadora, assumir que nossa educação é uma máquina destruidora de sonhos.

Elaine Rosso Ribeiro.




sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

A ELITE PARASITÁRIA NÃO PENSA NOS POBRES.....SOMENTE OS NEGÓCIOS INTERESSAM.

      A elite parasitária desse país está insatisfeita com o processo democrático que se instaurou no país e através dos inúmeros intelectuais orgânicos, verdadeiros clientes, articulam e manipulam através de suas habilidades e competências leitora/escritora, persuadem grande parcela trabalhadora da população, homens do bem, que são as verdadeiras forças produtivas desse país. Esses intelectuais orgânicos subservientes aos seus patrícios (grandes proprietários) estão ludibriando o povo e incitando uma briga dentro do conjunto de forças produtivas desse país. Estimulando preconceitos, desentendimentos com o único objetivo, enfraquecer o povo principalmente porque se aproxima a do plebiscito ou referendo sobre a  Reforma Política proposta pela presidenta Dilma Roussef. E confirmando a dita Reforma Política estaremos eliminando do nosso país os partidos de aluguel e, sobretudo, impedir que a eleição do Tiririca, que recebeu grande número de votos, possa levar com ele vários deputados que não possuem qualquer tipo de representatividade. Acabar com o famoso “BOI DE PIRANHA” o puxador de votos é muito mais importante do que eleger Dilma ou Aécio. Independente do seu voto ou da vitória, as pessoas discutiram muito política. E tal atitude preocupa aqueles que são contrários aos valores democráticos “inseminando” o ódio entre a população ao utilizar palavras ardilosas com o intuito de enganar as pessoas do bem. Lembrando que grande parte dos brasileiros está muito atarefada e preocupada com tantos compromissos.
 A elite não trabalha para eles o conceito romano de trabalho associado ao TRIPALIUM (instrumento de tortura) está vivo dentro da sua ancestralidade. Lembrando que para os gregos antigos, o trabalho afastaria os homens da virtude e dos bons espíritos. Parece louco tocar nesse assunto tão antigo, mas ele está muito vivo nas concepções dos verdadeiros mandatários do capitalismo. Eles possuem o domínio do tempo enquanto nós estamos subservientes a ele. PREOCUPADOS E ALIENADOS. Vejam o que ocorreu com a água aqui em Sampa! O que está ocorrendo em todo o planeta, ele está sendo destruído e nem percebemos de fato isso.
   Lembrando que a elite e a verdadeira classe média desse país estão manipulando o sentimento de revolta de grande parte da população ávida por mudanças principalmente nas áreas dos tributos, esses sim os verdadeiros inimigos da nação. Esses grupos políticos estão inseridos em inúmeros partidos de aluguel, sem compromissos ideológicos, lançam falácias e manipulam revoltas. São até capazes de incitar rebeldias e manifestações!
    Infelizmente está no “ar” ideias estranhas colocando amigos contra amigos, gente de nossa própria gente, confundindo a cabeça de milhares de pessoas em associar comerciantes que são vitoriosos apesar de tantos obstáculos ( IPVA, IPTU, taxas disso ou daquilo e etc.) ou pessoas simples que tiveram oportunidades , bem aproveitadas, conseguindo ascensão social com a ideia de ELITISMO. E ao mesmo tempo, devido as manipulações desses intelectuais orgânicos, que não possuem compromissos sociais, fazendo que vários homens do bem criminalizem aqueles que não possuem recursos, nem famílias que os apoiem. A ideia que paira uma falácia perigosa é o sentimento de que eles estão sustentando inúmeros “vagabundos” e que o governo atual os obriga sustentá-los. O que seria um sentimento normal já que ninguém é obrigado ou muitas vezes nem podem fazer isso.
   Na verdade, essa desunião, tratando inclusive a atual disputa presidencial como se fosse uma partida de futebol foram caracterizadas pelas mentiras de ambas as partes e infelizmente a verdadeira discussão que se deveria fazer na entrou na pauta: Não estamos pobres porque pagamos BOLSA FAMÍLIA haja vista que o próprio candidato Aécio avisou que iria aumentar o programa social. E quem mais uma vez pagaria por isso? Amigos, essa elite que citei no inicio desse artigo, é histórica, concentram as riquezas e não permitem a distribuição em nome de uma verdadeira justiça social. Famílias que detém as terras desse país, latifundiários herdeiros da escravidão e do histórico modelo agrário-exportador ainda vigente nessa nação. Famílias que se perpetuam no poder, que arcam com os melhores estudos aos seus filhos, porque podem fazer isso, e fazem porque jamais foram afetados ou enfrentados já que as massas estão desunidas. Os impostos que pagamos são desleais e machucam o povo brasileiro e principalmente as forças produtivas dessa nação.
    Elite não é você bem sucedido empreendedor! Tu és a verdadeira força desse país que com seus tributos e os seus empregos gerados mantém essa nação forte. Os trabalhadores são a riqueza dessa nação, com seus braços e criatividade contribuem ao crescimento do PIB. Essa classe média que sustenta a nação consumindo, empregando, pagando tributos não é a inimiga do povo brasileiro, Você não é essa elite! A elite parasitária é aquela existente no Brasil sugadora de pensões extraordinárias, bancadas cm seus impostos, aqueles que se apropriam dos recursos do FGTS, do trabalhador que “suadamente” o empresário deposita mensalmente. NÃO É FÁCIL QUANDO NÃO SE TEM APOIO. Homens ligados aos negócios estrangeiros usando tráfico de influência dentro das instituições empregando amigos, parentes e etc. Desses que temos que unir e acabar, verdadeiros sanguessugas da população brasileira.
Precisamos admitir que é necessário mudar essa nação e para isso será necessário enfrentar essa elite parasitária. Acabaremos com a miséria  criando a verdadeira justiça social associada em uma verdadeira distribuição de renda: educação, saúde, previdência social......NÃO EXISTE DEMOCRACIA COM MISÉRIA, Enquanto a elite, que representa, 1 % da população brinda nossa desunião , ela consegue afastar a verdadeira discussão e sobretudo, que façamos  uma frente , UMA FRENTE VERDADEIRA, contra a histórica pobreza dessa nação. Lembrando que somos nós, que estamos no olho do furacão dessa tragédia social que vivenciamos dia a dia. Somos nós que estamos sendo assaltados nos ônibus, somos nós que perdemos nossos filhos, pais, irmãos e amigos. São os comerciantes as maiores vítimas dos roubos constantes  e são nossos amigos , filhos ou parentes que são vítimas das drogas.
  

A importância da Sociologia e Filosofia

  Atualmente muitos se debruçam em explicar sobre a importância da Filosofia e a Sociologia em sala de aula, entretanto, é necessário realizarmos uma boa viagem aos anos 70 e 80 para compreender importantes aspectos da atual necessidade que as empresas exigem dos seus colaboradores ( vejam que a nomenclatura mudou antes “empregados”) e que com certeza tais exigências um dia cruzarão a vida de vários jovens que hoje estão no processo de escolarização. Nossos filhos crescem rápido! E tal situação aumenta ainda mais a preocupação de diversos pais para ajudar seus filhos encontrarem paz, equilíbrio interior, felicidade e sobretudo, formação de habilidades e competências necessárias para que eles cumpram seus objetivos. Muito além do mercado as disciplinas oferecem aos educandos a percepção que certas mudanças ou descontinuidades históricas são fruto de decisões. Estas revelam interesses e, portanto, são fruto de razões objetivas e humanas.
   Há muitos anos nem todos possuíam acesso à educação básica onde alguns sequer terminavam o antigo primário ou ginásio o que fazia cada vez mais limitador o acesso as universidades publicas, se formar era uma exclusividade daqueles que dispunham de meios financeiros. Lembro ainda jovem final da década de 70 e meados dos anos 80, quando meus parentes usavam o termo ‘doutor’ para qualquer pessoa que possuísse algum diploma onde muitas vezes o portador nem executava a sua função, ou seja, possuir um diploma acadêmico fazia também parte de uma etiqueta.
 A partir dos anos 90 os governos, pressionados pela abertura politica iniciada após a ditadura militar e, sobretudo pela nova carta constitucional, passaram a investir na educação básica melhorando o acesso de jovens que em décadas passadas certamente não teriam condições financeiras para prosseguir seus estudos e nesse sentido, houve ampliação das vagas nas universidades privadas permitindo um aumento significativo de pessoas matriculadas, ou seja, maior número de pessoas diplomadas que passaram a disputar o mercado de trabalho antes dominado pelas elites e nesse sentido, a disputa por uma vaga de emprego passou a ser disputadíssima e em muitos casos muitos tiveram que migrar para outras cidades em busca da sua colocação numa vaga de trabalho.
   Um novo desafio está aberto já que temos agora muitas pessoas formadas e a demanda de vagas de trabalho vem diminuindo cada vez mais devidos as constantes redistribuições produtivas e crises econômicas que assolam o mundo e cada vez mais os pais ficam cada vez mais preocupados com o futuro de seus filhos. O que fazer diante de tal quadro? E nesse sentido torna se cada vez mais necessário encontrar escolas que possam suprir os seus filhos com a produção do conhecimento, a formação integral e ao equilíbrio emocional. O que as empresas precisam é de profissionais que agreguem valores a empresas e cotidianamente despejam ao desemprego vários profissionais que carregam preconceitos, desequilíbrios emocionais, que praticam intolerância e outros elementos que acabam não padronizados a VISÃO e MISSÃO estipuladas por cada empresa. O mundo dos negócios é bastante competitivo e as empresas precisam sobreviver, tornando-se de forma demasiada dependente da sua mão de obra que deve estar sempre qualificada e atualizada. Sendo assim, as empresas irão selecionar sempre profissionais que tenham o perfil de liderança, da comunicação, que dialoga e que possua visão e que busque agregar valores para o negocio que a empresa executa. Nesse aspecto, podemos usar uma linguagem popular “NÃO QUEREM PROBLEMAS”.
   O homem busca cada vez mais, reconhecimento, seja no trabalho ou em um grupo social, fazendo com que indivíduos acabem por se afastar de seus contatos sociais mais importantes, sendo este a família, precursora de tradições, e este afastamento acarreta na maioria dos casos, em intolerâncias no que diz respeito às diferenças sociais, seja elas religiosas ou políticas, por exemplo, de um indivíduo ou grupo. Tudo isso ajuda a aumentar ainda mais os problemas atuais.
  Ao contrário do que muitos pensam, e até alguns ministros propagam, a Filosofia e Sociologia, não são problemas para a formação do educando. São disciplinas que contribuem para a formação integral do educando auxiliando a formação de habilidades necessárias para a sua vida em sociedade e, sobretudo, que auxiliam também em outras disciplinas como, por exemplo, a interpretação de textos (análise e síntese) e a produção textual. No colégio Paulo Freire é dado muito destaque a tais disciplinas através da formação contínua dos professores como cursos de capacitação, palestras, reuniões periódicas e constante análise de materiais que serão utilizados para se fazer o diferencial em sala e promover aulas que instiguem a participação dos alunos e nesse momento os alunos passam a ser protagonistas da sala. São situações que colaboram para que o educando investigue a relevância temática das contribuições textuais redigidas em fóruns de discussão.
Me lembro como se fosse hoje a euforia provocada nos alunos do 2ºANO do Ensino Médio com o tema felicidade  através de estudos sobre Epicuro, e na ocasião a aula foi preparada por eles e eu fiquei sentado na mesma posição que os alunos numa verdadeira aula invertida.” Marcos Paulo

A Filosofia e a Sociologia contribuem para a formação da consciência sobre vários aspectos da nossa sociedade e principalmente despertar sobre qual é o nosso papel como ser social agregando valores como a tolerância, o respeito, a virtude e, sobretudo, contribuir para as transformações sociais necessárias que retirem do nosso seio social o ódio, a discriminação, a intolerância ao que é diferente e o respeito às minorias. Quando o educando percebe esse desafio, de mudar, acaba mudando a si mesmo e ganha autoafirmação, opinião própria, equilíbrio emocional transformando-se assim num ser humano muito mais responsável, equilibrado e atento as transformações que o mundo exige e oferece. Ele passar a penetrar no mundo das ideias e da liberdade interior, se desgarrando em preconceitos tornando-se um verdadeiro líder.
“A Sociologia é uma ciência extremamente importante para o mundo que estamos vivenciando, porque além da busca da compreensão das causas e consequências do que ocorre no mundo, a mesma busca rever e até mesmo antecipar eventos para as gerações seguintes, ajudando-nos a entender e procurar soluções que solucionem os males que estamos vendo e vivenciando na atualidade (criminalidade, educação, pobreza, desigualdades, entre outros).”  Fonte Brasil Escola
No colégio Paulo Freire é sempre estimulado trabalhos expositivos tais como: tribunais, sarau cultural e seminários. Através de temas que acontecem em sua realidade, busca rever e até mesmo antecipar eventos para as gerações seguintes, ajudando-nos a entender e procurar soluções que solucionem os males que estamos vendo e vivenciando na atualidade (criminalidade, educação, pobreza, desigualdades, entre outros). A educação política dos jovens de hoje, a partir das Escolas do Legislativo, é a certeza de um parlamento melhor no futuro.
- Trabalhos como esses permitem aos alunos desenvolverem a oratória No início eles ficam bem tímidos mais com o tempo acabam se acostumando e contribuem com seus trabalhos (afirma Marcos Paulo)
  
TRIBUNAIS NA ESCOLA: Em sala de aula, a gente relaciona temas como política e cidadania ao plano de educação que recebemos, por exemplo, ensinando meio ambiente com o foco de conscientização. É papel da escola trabalhar com o educando  e interferir no papel social.
   Discutir a violência doméstica e o feminicídio; Questionar a atual política prisional brasileira; A intolerância religiosa; A sustentabilidade e outros temas pertinentes à realidade são matérias primas que podem ser discutidas através de tribunais montados pelos próprios alunos. São temas que são cobrados futuramente nos vestibulares.
             
Marcos Paulo Campos da Costa.