Atualmente
muitos se debruçam em explicar sobre a importância da Filosofia e a Sociologia em sala de aula, entretanto, é necessário
realizarmos uma boa viagem aos anos 70 e 80 para compreender importantes
aspectos da atual necessidade que as empresas exigem dos seus colaboradores (
vejam que a nomenclatura mudou antes “empregados”) e que com certeza tais
exigências um dia cruzarão a vida de vários jovens que hoje estão no processo
de escolarização. Nossos filhos crescem rápido! E tal situação aumenta ainda
mais a preocupação de diversos pais para ajudar seus filhos encontrarem paz,
equilíbrio interior, felicidade e sobretudo, formação de habilidades e
competências necessárias para que eles cumpram seus objetivos. Muito além do
mercado as disciplinas oferecem aos educandos a percepção que certas mudanças
ou descontinuidades históricas são fruto de decisões. Estas revelam interesses
e, portanto, são fruto de razões objetivas e humanas.
Há muitos anos nem todos possuíam acesso à
educação básica onde alguns sequer terminavam o antigo primário ou ginásio o
que fazia cada vez mais limitador o acesso as universidades publicas, se formar
era uma exclusividade daqueles que dispunham de meios financeiros. Lembro ainda
jovem final da década de 70 e meados dos anos 80, quando meus parentes usavam o
termo ‘doutor’ para qualquer pessoa que possuísse algum diploma onde muitas
vezes o portador nem executava a sua função, ou seja, possuir um diploma
acadêmico fazia também parte de uma etiqueta.
A partir dos anos 90 os governos, pressionados
pela abertura politica iniciada após a ditadura militar e, sobretudo pela nova
carta constitucional, passaram a investir na educação básica melhorando o
acesso de jovens que em décadas passadas certamente não teriam condições
financeiras para prosseguir seus estudos e nesse sentido, houve ampliação das
vagas nas universidades privadas permitindo um aumento significativo de pessoas
matriculadas, ou seja, maior número de pessoas diplomadas que passaram a
disputar o mercado de trabalho antes dominado pelas elites e nesse sentido, a
disputa por uma vaga de emprego passou a ser disputadíssima e em muitos casos
muitos tiveram que migrar para outras cidades em busca da sua colocação numa
vaga de trabalho.
Um novo desafio está aberto já que temos
agora muitas pessoas formadas e a demanda de vagas de trabalho vem diminuindo
cada vez mais devidos as constantes redistribuições produtivas e crises
econômicas que assolam o mundo e cada vez mais os pais ficam cada vez mais
preocupados com o futuro de seus filhos. O que fazer diante de tal quadro? E
nesse sentido torna se cada vez mais necessário encontrar escolas que possam
suprir os seus filhos com a produção do conhecimento, a formação integral e ao
equilíbrio emocional. O que as empresas precisam é de profissionais que
agreguem valores a empresas e cotidianamente despejam ao desemprego vários
profissionais que carregam preconceitos, desequilíbrios emocionais, que
praticam intolerância e outros elementos que acabam não padronizados a VISÃO e
MISSÃO estipuladas por cada empresa. O mundo dos negócios é bastante
competitivo e as empresas precisam sobreviver, tornando-se de forma demasiada
dependente da sua mão de obra que deve estar sempre qualificada e atualizada.
Sendo assim, as empresas irão selecionar sempre profissionais que tenham o
perfil de liderança, da comunicação, que dialoga e que possua visão e que
busque agregar valores para o negocio que a empresa executa. Nesse aspecto,
podemos usar uma linguagem popular “NÃO QUEREM PROBLEMAS”.
O homem busca cada vez mais, reconhecimento,
seja no trabalho ou em um grupo social, fazendo com que indivíduos acabem por
se afastar de seus contatos sociais mais importantes, sendo este a família,
precursora de tradições, e este afastamento acarreta na maioria dos casos, em
intolerâncias no que diz respeito às diferenças sociais, seja elas religiosas ou
políticas, por exemplo, de um indivíduo ou grupo. Tudo isso ajuda a aumentar
ainda mais os problemas atuais.
Ao contrário do que muitos pensam, e até
alguns ministros propagam, a Filosofia e Sociologia, não são problemas para a
formação do educando. São disciplinas que contribuem para a formação integral
do educando auxiliando a formação de habilidades necessárias para a sua vida em
sociedade e, sobretudo, que auxiliam também em outras disciplinas como, por
exemplo, a interpretação de textos (análise e síntese) e a produção textual. No
colégio Paulo Freire é dado muito destaque a tais disciplinas através da
formação contínua dos professores como cursos de capacitação, palestras,
reuniões periódicas e constante análise de materiais que serão utilizados para
se fazer o diferencial em sala e promover aulas que instiguem a participação
dos alunos e nesse momento os alunos passam a ser protagonistas da sala. São
situações que colaboram para que o educando investigue a relevância temática
das contribuições textuais redigidas em fóruns de discussão.
“Me
lembro como se fosse hoje a euforia provocada nos alunos do 2ºANO do Ensino
Médio com o tema felicidade através de
estudos sobre Epicuro, e na ocasião a aula foi preparada por eles e eu fiquei
sentado na mesma posição que os alunos numa verdadeira aula invertida.” Marcos
Paulo
A
Filosofia e a Sociologia contribuem para a formação da consciência sobre vários
aspectos da nossa sociedade e principalmente despertar sobre qual é o nosso
papel como ser social agregando valores como a tolerância, o respeito, a
virtude e, sobretudo, contribuir para as transformações sociais necessárias que
retirem do nosso seio social o ódio, a discriminação, a intolerância ao que é
diferente e o respeito às minorias. Quando o educando percebe esse desafio, de
mudar, acaba mudando a si mesmo e ganha autoafirmação, opinião própria,
equilíbrio emocional transformando-se assim num ser humano muito mais
responsável, equilibrado e atento as transformações que o mundo exige e
oferece. Ele passar a penetrar no mundo das ideias e da liberdade interior, se
desgarrando em preconceitos tornando-se um verdadeiro líder.
“A
Sociologia é uma ciência extremamente importante para o mundo que estamos
vivenciando, porque além da busca da compreensão das causas e consequências do
que ocorre no mundo, a mesma busca rever e até mesmo antecipar eventos para as
gerações seguintes, ajudando-nos a entender e procurar soluções que solucionem
os males que estamos vendo e vivenciando na atualidade (criminalidade,
educação, pobreza, desigualdades, entre outros).” Fonte
Brasil Escola
No
colégio Paulo Freire é sempre estimulado trabalhos expositivos tais como:
tribunais, sarau cultural e seminários. Através de temas que acontecem em sua
realidade, busca rever e até mesmo antecipar eventos para as gerações
seguintes, ajudando-nos a entender e procurar soluções que solucionem os males
que estamos vendo e vivenciando na atualidade (criminalidade, educação,
pobreza, desigualdades, entre outros). A educação política dos jovens de hoje,
a partir das Escolas do Legislativo, é a certeza de um parlamento melhor no
futuro.
-
Trabalhos como esses permitem aos alunos desenvolverem a oratória No início
eles ficam bem tímidos mais com o tempo acabam se acostumando e contribuem com
seus trabalhos (afirma Marcos Paulo)
TRIBUNAIS NA ESCOLA:
Em sala de aula, a gente relaciona temas como política e cidadania ao plano de
educação que recebemos, por exemplo, ensinando meio ambiente com o foco de
conscientização. É papel da escola trabalhar com o educando e interferir no papel social.
Discutir a violência doméstica e o feminicídio;
Questionar a atual política prisional brasileira; A intolerância religiosa; A
sustentabilidade e outros temas pertinentes à realidade são matérias primas que
podem ser discutidas através de tribunais montados pelos próprios alunos. São
temas que são cobrados futuramente nos vestibulares.
Marcos
Paulo Campos da Costa.
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