Ocorre em nosso país um fenômeno que dilacera a educação brasileira, uma visão silenciosa
e compartilhada secretamente, poucos percebem e está incrustado na alma de parte de gestores,
funcionários ou professores alienados que de forma inconsciente acabam inferindo
uma visão negativa sobre o perfil do professor, modificando o ambiente de trabalho
de acordo com os seus projetos pessoais. Na maioria das vezes alguns
profissionais, se esquecem de que são também professores, e acaba por
conveniência pessoal aderir ao processo de “vagabundização do professor”,
transformando totalmente o seu olhar ao outro profissional que compartilha os
verdadeiros ideais da educação, deixando de se reconhecer como classe diminuindo
a sua própria capacidade interpessoal em pensar e agir por si próprios.
A ideia da “vagabundização do professor”
é um modo de ver, pensar e agir sob a ótica da depreciação do professor
relegando a sua imagem comparável à de um vagabundo, um ser amoral que deve ser
vigiado, achincalhado quando pode, através de conversinhas e piadas, ou mesmo
indiretas, Já podemos inclusive classificar tal detrimento dessa imagem como o
pior dos assédios morais coletivos que os professores sofrem, e isso ocorre em
diversas unidades escolares e sistemas de ensino desse país, em grande parte
nas escolas públicas. A “VAGABUNDIZAÇÃO” do professor está inserida no cotidiano
e já ultrapassou o limite e talvez já não tenha uma solução eminente pelo fato
de tal ideia estar já enraizada, porque ela já está implementada e repetida
simplesmente porque tais ações são repetidas no dia a dia ou na semana
anterior.
Segundo tal visão, os seus adeptos
“aparelhados” em diversos cargos, acabam por através de invariadas ações
diminuir as verdadeiras representações do professor como aquele que é a ponde
para o saber, aquele que inspira aquele que deixa uma grande marca na vida de
outro ser, aquele que compartilha seu conhecimento para a construção de um ser
que precisa se desenvolver frente à cidadania, aos desafios da vida e a entrada
ao mercado de trabalho. Os seguidores da “vagabundização do professor” jamais
reconhece ou incentiva as suas principais funções, pois, prefere enxergar
sempre o professor como um problema e um folgado. O que esperam essa corrente
depreciativa e nociva na educação? Relegar o professor a uma mera babá,
mediador de conflitos e que de preferência não carregue problemas aos seus
espaços de trabalho.
Os seguidores e adeptos da vagabundização
do professor normalmente já saíram das salas de aula, porque simplesmente as
odeiam, porque pretende dar outros saltos. O ódio e o desprezo aos alunos são
velados, intrínseco, sob o manto da hipocrisia que é outra característica dos
defensores e apoiadores da “vagabundização do professor” se apegam nas
estatísticas, na legislação e lá onde encontram as bases do seu domínio. O que
desejam? Que apenas os alunos tirem 5 , para não dar trabalho. O que foi feito?
Bem isso não é apreciado por essa parcela de pseudoprofessores. Não desejam
problemas e o seu tempo é quase que exclusivamente a leitura de maravilhosos e
detalhados textos, que além de bem estruturados passam distante da realidade
das escolas públicas desse país. Os defensores e apoiadores, mesmo que
veladamente, da “vagabundização dos professores” gostam de decorar editais de
concursos e estar por dentro das inúmeras resoluções malditas que só servem
exclusivamente para atrapalhar a vida cotidiana do professor.
A corrente secreta da “vagabundização do
professor” se divide em dois grupos: a primeira é orgânica e está inserida em altos quadros da educação
e estão aparelhados em diversos cargos de poder, esse primeiro grupo joga e
alia aqueles grupos que pretendem sucatear a educação pública. São altamente
ideológicos e age para deteriorar, precarizar a educação brasileira. O segundo
grupo, é aquele que transformou se em verdadeiras marionetes do sistema, são
aqueles que acabam fazendo o jogo sujo do primeiro grupo, são aqueles que de
certa forma tomaram horror do caos causado pelo primeiro grupo e acabou de
certa forma, desacreditando que a educação é transformadora e que vale a pena
lutar por ela. Agem como verdadeiros lobos, cujas alcateias dilaceram, como
disse, materializando o jogo sujo do primeiro grupo. Não há qualquer
consciência, há interesse pelas miseras migalhas que os integrantes do primeiro
grupo os permitem devorar para que sejam seus aliados.
Diga-se de passagem, que ambos os grupos
não gostam de trabalhar, ter problema ou resolver situações desafiadoras.
Preferem se atentar a circulação dos estudantes no corredor, impedir que as
crianças se machuquem (não pensem que é preocupação com o ser, apenas para que
os responsáveis não o façam trabalhar) e é lógico, por na conta do inócuo
profissional que já tem tantos desafios e trabalho. O que seria um professor
bom na visão desses grupos apoiadores da “vagabundização do professor”? Que o
professor seja nada mais do que boas babás. Não há interesse pelo aprendizado
nunca e sim pela ordem, aquela ordem que não trará problemas “dores de cabeça”
leia-se trabalho a resolver. Eles não gostam de trabalho, apenas o dinheiro que
recebem a única preocupação. Sim, são mercenários em número e grau.
Ambos os grupos, não gostam e não acreditam
na educação, apenas se servem dela e de seus cargos. São alcateias cretinas que
se alimentam do caos criado pelos inúmeros governos criminosos e amorais que
tivemos por longos anos, em especial os estaduais. O que vemos? Crianças
analfabetas passando de ano com 10 /11 e 12 anos, alguns, chegando à maioridade
sem qualquer competência leitora e escritora. Não codifica e muito se quer
conseguem realizar leituras além dos códigos escritos. E o que fazem os
amantes/adoradores/seguidores da “vagabundização do professor” se esconde, ameaçam
e oprimem aqueles que mesmo com um giz e
lousa os inócuos professores, poderiam transformar a realidade da educação no
Brasil e como fazem isso? Através do silêncio covarde, da omissão e de leituras
de inúmeras resoluções infelizes e irrelevantes, que por sinal sempre vem de
cima para baixo sem qualquer participação do professor.
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